Caminante
son tus huellas
el
camino y nada más.
Caminante
no hay caminos
se
hace camino al andar.
A.Machado
O tema a qual abordo sempre despertou
meu interesse, ao mesmo tempo, percebia a importância e o cuidado ao seguir esse
caminho. Venho interrogando o meu papel, como conduzir o trabalho e como
poderia auxiliar.
Trabalho com Orientação Vocacional
desde 2000 e venho refletindo sobre o significante “Orientação”, que me causa incômodo. Faz-me pensar numa
diretividade do processo, como se ali, fosse determinar seu futuro, como se eu
tivesse um “saber” sobre ele.
Muitos chegavam - e alguns ainda
chegam - com essa demanda de que encontrariam “alguém” que pudesse dizer quais
são suas características, habilidades e a profissão que lhes caberiam. Pensavam
que sairiam com um “resultado” ou um “conselho” sobre seu futuro.
Será isso? Alguém determinando a
direção de uma escolha profissional?
Penso que minha formação como psicanalista
me faz pensar num lugar de escuta destituída de uma mestria, de um saber, de
uma direção. Mas sim, de um lugar de escuta ativa para que o jovem possa pensar
em suas questões, suas dúvidas e sua posição frente ao desejo. Que ele possa
pensar sobre si mesmo e fazer escolhas com mais autonomia.
Em cima dessas construções que venho
fazendo, e que pretendo continuar, resolvo apostar no termo “Análise
Vocacional”.
* “Caminhante, tuas pegadas são o
caminho, nada mais. Caminhante, não há caminhos; faz-se o caminho ao andar.”.
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