terça-feira, 5 de junho de 2012

Por que Análise Vocacional


Caminante son tus huellas
el camino y nada más.
Caminante no hay caminos
se hace camino al andar.
A.Machado

O tema a qual abordo sempre despertou meu interesse, ao mesmo tempo, percebia a importância e o cuidado ao seguir esse caminho. Venho interrogando o meu papel, como conduzir o trabalho e como poderia auxiliar.
Trabalho com Orientação Vocacional desde 2000 e venho refletindo sobre o significante “Orientação”, que me causa incômodo. Faz-me pensar numa diretividade do processo, como se ali, fosse determinar seu futuro, como se eu tivesse um “saber” sobre ele.
Muitos chegavam - e alguns ainda chegam - com essa demanda de que encontrariam “alguém” que pudesse dizer quais são suas características, habilidades e a profissão que lhes caberiam. Pensavam que sairiam com um “resultado” ou um “conselho” sobre seu futuro.
Será isso? Alguém determinando a direção de uma escolha profissional?
Penso que minha formação como psicanalista me faz pensar num lugar de escuta destituída de uma mestria, de um saber, de uma direção. Mas sim, de um lugar de escuta ativa para que o jovem possa pensar em suas questões, suas dúvidas e sua posição frente ao desejo. Que ele possa pensar sobre si mesmo e fazer escolhas com mais autonomia.
Em cima dessas construções que venho fazendo, e que pretendo continuar, resolvo apostar no termo “Análise Vocacional”.

* “Caminhante, tuas pegadas são o caminho, nada mais. Caminhante, não há caminhos; faz-se o caminho ao andar.”.

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