domingo, 2 de junho de 2013

Mudar de Carreira

“Nem sempre é fácil. Mas é possível e gratificante transformar uma paixão em negócio.”
É assim que inicia a reportagem no Boa Chance do jornal O Globo do dia 17/02/2013. Conta a história de três profissionais que mudaram suas carreiras em busca de sua paixão. Cita uma psicóloga que tinha um amor pela música mas na hora de fazer o vestibular optou pela Psicologia. Trabalhou como gerente de RH e há 06 anos retomou a música. A outra é de um engenheiro de Furnas que foi atrás de seu sonho em trabalhar com vinho. E por último é a estudante de Desenho Industrial que descobriu seu talento para ser maquiadora.
Essas histórias me fazem pensar em algumas questões. Uma é que as preocupações com a escolha não são pertinentes somente ao período da adolescência, ultrapassam outros momentos da trajetória do sujeito. Pesquisa realizada pela USP cita que 44,5% dos alunos abandonam o curso no ensino superior e aponta como principais causas pressões dos pais, falta de informação da faculdade e sobre o mercado de trabalho.
Outro ponto é que a escolha profissional pode não ser uma decisão definitiva, pode não ser para vida toda. Pode-se repensá-la.
Nessas três histórias, dois pontos em comum. O primeiro de que a decisão não é fácil de ser tomada e o segundo de que é preciso estudar, pesquisar e se preparar. Falam que mesmo trabalhando com o que se gosta o caminho não é fácil. É preciso paciência para colher resultados e suportar as instabilidades que toda profissão atravessa.
E para finalizar transcrevo uma passagem da fala de cada um:
“Não foi uma decisão fácil, porque eu saí da minha zona de conforto. E tive dificuldade também para ter apoio das pessoas mais próximas, não é fácil para os outros entenderem uma decisão dessas.” (Márcia)

“Estou começando a colher resultados. Mas é um investimento pesado e uma luta diária. Por mais planejamento que se faça, tem muitas coisas que você não prevê, outras coisas que você não sabe e vai aprendendo.” (Luiz Carlos)


“Hoje não existe mais aquela história de que só médico ou advogado é que ganham dinheiro. É muito possível ser bem-sucedido fazendo o que se gosta, mas, para isso, é preciso se especializar e estudar.” (Raphaella)

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Dia Do Profissional de Letras

Imagem retirada de http://www.olacocorderosa.com

No dia 21 de Maio foi o aniversário do profissional de Letras e como prometido, trago hoje o depoimento de Fabíola Xavier.
Chama atenção os desafios que eles enfrentam por não estar no rol dos cursos mais procurados ou os “bem vistos” ou os “melhores”.
Achei interessante sua colocação em que um curso que inicialmente parece de acesso fácil acaba “eliminando”, por exigir do aluno intensa dedicação e comprometimento com trabalhos, leituras, etc.
Descreve o que o curso oferece de apaixonante aos apaixonados pela arte, cultura e literatura. Destaca a possibilidade do “não aprender” e sim, “refletir” as gramáticas e linguagens.
"O primeiro desafio para um profissional de Letras é a própria família. Por que fazer um curso com um candidato/vaga tão baixo se você pode passar em um curso “melhor”. Meu pai, ao invés de dar os parabéns, ficou pensando no que falaria para a família “bem, você está fazendo o que gosta pelo menos”. Apesar dessas questões, fiz Letras Português/Inglês porque quis, porque descobri, ainda quando me preparava para o vestibular, que esse curso unia tudo que sempre gostei na escola: literatura, linguagem, criatividade, um pouco de historia e muiiiiita coisa interessante pra ler e escrever.
O que eu realmente não esperava e que eu fosse gostar de TUDO. Digo “tudo” porque dentro de Letras se estudam coisas muito diversas, até opostas, como literaturas diversas (inglesa, portuguesa, americana, brasileira, além das teorias literárias), um pouco de Latim e Grego, e, pro incrível que pareça, a gente não aprende gramática: refletimos as gramáticas, refletimos sobre a língua que falamos e a sociedade que vivemos. No entanto, nem todos gostam de tudo como eu (sempre há uma rusga entre linguística e literatura), mas, em cada desafio, sentimos o um preenchimento tamanho depois da tarefa cumprida, e podemos nos exibir com nossos conhecimentos fonéticos, morfológicos, históricos, sintáticos e, também, literários. Daí, aqueles que entraram em letras pelo candidato/vaga baixo são eliminados naturalmente pela quantidade de trabalhos, livros pra ler, de apresentações, regras da ABNT.
Apesar de ser um curso voltado para professores, muitos colegas trabalham com tradução (poucos), secretariado bilíngue ou, simplesmente, desistiram da área por não se satisfazer com o salario não muito alto. A questão verdadeira é essa: comparado com outras profissões talvez você nunca ganhe equiparadamente, mesmo estudando muito mais. Comparado com outras áreas, você terá de disputar a tapa pouquíssimas boas vagas (isso com mestrado e pensando em doutorado).
Logo se vê o amor inerente a cultura, arte, bem-estar e aprendizado que está vinculado aos que se entregam a essa profissão: somos apaixonados por linguagem, movidos por análises dos discursos e viciados em interação humana. Nossas memórias afetivas se dividem entre os bons momentos com os colegas e os ótimos livros que mudaram nossa visão de mundo, dentre estruturas e provas impossíveis. Ademais, num bom curso de letras, você aprende bem a analisar a linguagem alheia de forma bastante eficaz! (então cuidado, namoros nunca mais serão os mesmos!)"

Fabíola Xavier Garcia Silva
Cursei Letras Português/ Inglês na UFRJ
Trabalho na rede municipal do Rio de Janeiro como professora de inglês e ministro aulas particulares.


domingo, 19 de maio de 2013

Dia do Assistente Social

Dia 15 de maio foi o dia do Assistente Social e mais uma vez posto depoimento de uma apaixonada pela profissão, apesar de todas as dificuldades. Acho interessante em sua colocação que com o tempo aprendeu a gostar e a entender aquilo que faz. Como também esclarece o papel do assistente que está sempre sujeito a interpretações enganosas e muitas vezes preconceituosas sobre suas atividades. 
Acredito que na maioria dos casos esse estado idílico surge de forma gradativa, mas algumas pessoas criam uma expectativa de se apaixonar a primeira vista e desistem acreditando que fizeram a opção errada. Nesse momento é preciso cautela e em alguns casos buscar ajuda para esclarecer essas questões.
A partir desse mês estarei publicando no dia do aniversário de cada profissão, depoimento de pessoas falando sobre sua relação com sua carreira.


"E hoje é o meu dia! Dia do Assistente Social! Porque é a comemoração da profissão que eu escolhi pra minha vida! Não foi aquela escolha que fazemos quando criança (até porque acho que nenhuma criança responderia isso para aquela velha pergunta: "O que você quer ser quando crescer?!"), claro que não. Mas foi a profissão que eu aprendi a escolher pra mim.
No começo da faculdade eu me pegava perguntado "que diabos eu estou fazendo aqui?!” e “me sentia muito perdida quando me perguntavam: “o que faz uma Assistente Social?!”... mas o tempo foi passando, e eu comecei a ver que tudo aquilo fazia sentido. Mais que isso, tudo aquilo ali era o sentido do qual as pessoas não conheciam, principalmente aquelas que mais necessitam de seus direitos garantidos...
E a cada situação vivenciada, a cada barreira derrubada ia crescendo um orgulho maior de dizer, sim eu sou Assistente Social!
E começaram a vir às respostas: "Não eu não entrego apenas cesta básica" "não, eu não informo óbito" "não, eu não dou Bolsa Família" "E NÃO, eu não roubo criancinhas na maternidade" (entendeu Glória Perez?!)...
Ah, mas como seria fácil se nossos problemas fossem apenas "a visão errada do que é a profissão". Vai muito além disso. Passa pelas condições de trabalho, pela realidade vivenciada, pela desvalorização salarial, pelo desgaste físico, psicológico e emocional... vemos cara a cara muito além do que o Jornal Nacional e o Fantástico mostram como matérias chocantes! E como é difícil separar o profissional do pessoal... coloco minha mão no fogo como pelo menos uma vez, todas as Assistentes Sociais que conheço já voltaram pra casa pensando em alguma família que foi atendida naquele dia...
Mas não pense você que é só tristeza, acredito que o "sofrimento" é proporcional a gratificação! Como é bom ver as mudanças possíveis em famílias apenas com a garantia de seus direitos básicos, ver que através do seu trabalho a realidade está mudando, e que você fez e faz a diferença onde você está!
E a luta?! Continua dia-a-dia!" 

Bruna Gomes Chung Nin – Assistente Social - Formada pela Universidade Federal Fluminense e trabalha na Prefeitura de Nova Iguaçu


terça-feira, 9 de abril de 2013

Amor à Profissão


Dia 07 de abril foi o dia do Jornalista. Para homenagear essa profissão tão bonita e importante vou postar um depoimento do futuro jornalista Lucas Salomão de Oliveira. Declaração bonita, sincera e apaixonada por sua profissão e que tem a ver com tudo que venho falando da importância do amor pelo que se faz mesmo com todas as dificuldades.
Ele descreve todas as incertezas que a profissão oferece, desde a falta de rotina como também a imprevisibilidade do seu dia. Faz um alerta para que o jovem não se deixe seduzir pelo poder e pelo dinheiro e convoca a todos a um namoro diário por sua profissão. Acrescento que esse estado de amor se estende a qualquer profissão.
“Nunca tive tanta certeza de algo quanto tenho de que amo o que faço e que minhas escolhas valeram cada sacrifício que fiz. Sim, porque faz parte da profissão do jornalista abrir mão. O jornalista é um ser diferente. Utópico. Ainda bem que somos assim. A vontade de mudar o mundo faz parte de nossa essência e é a base de tudo o que nos propomos a fazer. É dessas profissões que você não escolhe. Você é. Nasce assim. Não adianta ir contra. E a beleza do jornalismo é justamente esta: nós somos, nós vivemos e nós amamos (ou devemos amar) o que fazemos. Jornalista ama a rotina louca de não ter rotina alguma. Gosta de sair de casa e não saber o que o espera em seu dia. Jornalista que se preza quer aprender tudo, todos os dias. Tem quem fale que nós somos prepotentes, que “achamos que sabemos tudo”. Para mim, quem acha que sabe tudo, não sabe nada. Devemos, sim, querer aprender tudo o que pudermos. Buscar sempre sermos os melhores. Porque ser o melhor que pudermos ser significa ser um bem para a sociedade. A nossa profissão se baseia nisso: somos os olhos e os ouvidos de um povo cada vez mais exigente e desejoso de participar da decisão dos rumos do nosso país. E isso passa por um jornalismo sério. Que se modifica, mas tem que se reinventar. Sempre. Jornalista, apaixone-se todos os dias por sua profissão. Não deixe que os grandes detentores do poder mudem as suas convicções, o seu caráter e sua dignidade. Lembre-se de sua responsabilidade e do porque você escolheu o jornalismo. Ou do porque você aceitou a escolha do jornalismo por você. Vamos em frente. Lutemos por nossa profissão! Feliz dia do jornalista para todos os colegas.”
Lucas Salomão de Oliveira - Estudante de Jornalismo do Centro Universitário de Brasilia - UniCEUB e estagiário da Tv Globo Brasília

terça-feira, 26 de março de 2013

Áreas Promissoras - Comércio Exterior

Hoje vamos saber um pouco sobre Comércio Exterior, que é mais uma das áreas promissoras. 
Boa leitura!
Retirado na íntegra de: http://www.catho.com.br/carreira-sucesso/noticias/serie-areas-promissoras-2013-comercio-exterior#.US_K_Wcevec.email

Série Áreas Promissoras 2013: Comércio Exterior
Autor: Samara Teixeira

A área de Comércio Exterior está ampliando suas operações, as indústrias brasileiras estão ampliando e renovando os seus ativos fixos ou bens de capital para serem competitivas no mercado nacional. Com isso a demanda na importação de maquinários e ferramentas terá um índice elevado em relação a 2012. Segundo dados da Catho, o número de vagas do setor estão promissores, sendo que a oferta em 2010 chegou a 82%, com uma reduzida em 2011 chegando a -11%, e em 2012 ocorreu uma retomada, e o índice de oportunidades chegou a 30%.
Esta movimentação tem relação com os constantes investimentos estrangeiros no país. “O mercado chinês tem forte presença aqui no Brasil, e mesmo com medidas de defesa comercial, houve um crescimento considerável nas importações de produtos oriundos da China. Em 2013 a tendência é continuar em crescimento as compras de origem chinesa”, explica Yooko Suyama, colaboradora da Haidar – empresa de comércio exterior.
Segundo Severiano Alvarenga Imperial, presidente do Sindicato de Comércio de Exportação e Importação do Espírito Santo (Sindiex), espera-se um bom aquecimento na balança comercial brasileira com a retomada do crescimento econômico mais forte dos Estados Unidos, da China e da Argentina, que são os três mais importantes parceiros comerciais do Brasil. “Isso porque com o aumento da demanda desses países por produtos, o setor produtivo nacional tende a ser beneficiado com o incremento das exportações, gerando emprego e renda. As estimativas do Governo Federal para este ano são de que o Produto Interno Bruto (PIB) alcançará pelo menos 3%, e as vendas ao exterior poderão chegar a U$268 bilhões”, aponta.

Mão de obra especializada
O crescente destaque do setor é resultado de ações como redução de juros e a recuperação da defasagem cambial. Com a alta demanda, a necessidade de mão de obra qualificada torna-se imprescindível. “Simultaneamente ao crescimento do setor de comércio exterior, cresce também a demanda de profissionais qualificados na área para atender as empresas. E para suprir essa demanda, o profissional precisa estar atualizado com o mercado, com a legislação e o melhor caminho são os cursos de pós-graduação e as experiências de mercado”, explica o presidente do Sindiex.
Para Yooko Suyama, em algumas oportunidades é necessário o domínio falado e escrito no idioma inglês. “Em termos de características, é necessário ser ágil e dinâmico, proativo, ter flexibilidade, facilidade de contato, espírito de equipe e saber ouvir orientações e críticas”, enfatiza a colaborada da Haidar Comex.
Ainda segundo Severiano apesar da crise internacional entre os anos de 2008 e 2009, que afetou muito a balança comercial brasileira, comércio exterior continuou sendo uma excelente opção para quem busca uma carreira dinâmica. “Para ter sucesso é necessário conhecimento diferenciado. É preciso ter uma visão global da economia, entender de logística de transportes, falar mais de um idioma e se capacitar nos procedimentos alfandegários, além de conhecer a legislação aduaneira”, resume o presidente.

sábado, 16 de março de 2013

Áreas Promissoras - Hotelaria e Turismo

Hoje vamos saber um pouco sobre Hotelaria e Turismo, que é uma das áreas promissoras. Boa leitura!
Retirado na íntegra de: http://www.catho.com.br/carreira-sucesso/noticias/serie-areas-promissoras-2013-hotelaria-e-turismo#.US_LnxbeRWU.email
Série Áreas Promissoras 2013: Hotelaria e Turismo
Autor: Caio Luer

Os megaeventos esportivos de Copa do Mundo e Olimpíadas que acontecerão no Brasil nos próximos anos já impactam no número de vagas disponíveis no mercado. De acordo com o banco de dados da Catho, o número de oportunidades em Turismo e Hotelaria cresceu 43% de 2011 para 2012.

A capacitação profissional já é bastante exigida, e o nível de atendimento e realização de eventos deverá ter uma grande evolução. Neste contexto, os campos de eventos e gastronomia surgem como promissores, juntamente com o planejamento em marketing, por conta da estrutura que deverá ser montada pela grande demanda que existirá em diversas cidades do país.
“Chef de cozinha, bartender e coordenador de eventos são atividades muito demandadas. Em toda a área temos que qualificar, atualizar e aperfeiçoar minimamente 300 mil pessoas nos próximos 18 meses”, aponta  o Prof. Celso dos Santos Silva, consultor da Associação Brasileira de Gastronomia, Hospedagem e Turismo (Abresi) e Confederação Nacional do Turismo (CNTur).

Amadurecimento do setor

A estabilidade da economia do país faz com que o brasileiro procure a viagem como opção de lazer como nunca ocorreu. Com isto, as empresas precisam oferecer um serviço de qualidade para combater a concorrência. O foco principal é a profissionalização e, neste contexto, o agenciamento de viagens e a hotelaria vêm se destacando.
“Dentro do agenciamento, a área comercial ganha destaque, não só por trazer clientes em busca de viagens como entretenimento, mas também por aumentar o número de viagens corporativas”, explica Raquel Patti, coordenadora de cursos da Associação Brasileira de Agências de Viagens de São Paulo (ABAV/SP). Para ela, existe uma escassez de mão de obra qualificada, e o profissional que se prepara sai na frente da concorrência.

Qualificação de profissionais

O setor cresce, porém o número de profissionais aptos a desempenharem as funções ainda não acompanha esta aceleração. O Brasil tem uma deficiência grande no que diz respeito a atendimento a turistas, por exemplo.
“Nosso trabalho está totalmente voltado para o público. Precisamos saber entendê-lo e direcionar o trabalho para o atendimento com a maior qualidade possível, pois é o que mais nosso cliente preza em uma situação de viagem ou entretenimento”, conta Mônica Schiashciopresidente daAssociação Brasileira dos Bacharéis em Turismo (ABBTUR), de São Paulo. De acordo com Mônica, o Turismo ainda está se consolidando no país em relação à profissionalização de pessoal e se os formandos, daqui para frente, tiverem espírito inovador, terão grandes chances de se destacar.
Já para Raquel Patti, a educação de base (ensinos fundamental e médio) deficitária ainda é o maior problema. “Me deparo com muitas pessoas que pretendem entrar no setor e que conhecem pouco de geografia, por exemplo. Já na universidade, vejo a falta de integração do conhecimento acadêmico com a vida prática do profissional”, completa.
Fonte: Série Áreas Promissoras 2013: Hotelaria e Turismo | Portal Carreira & Sucesso 

domingo, 10 de março de 2013

Áreas Promissoras - Construção Civil

Como prometi, hoje estarei postando a reportagem sobre Construção Civil.
Série Áreas Promissoras 2013: Construção Civil
Autor: Samara Teixeira
O setor de Construção Civil possui a seu favor a crescente demanda de investimentos econômicos, assim como os grandes eventos esportivos e de entretenimento que aportarão no Brasil nos próximos anos. O crescimento de vagas do setor nos últimos três anos apresentou números discrepantes, por conta dos “booms” da construção civil.
Segundo dados da Catho o ano de 2010 foi o mais rentável em oportunidades com um índice de 107% de crescimento, já em 2011 este índice chegou ao negativo com uma taxa de -10% e 2012 ocorreu uma retomada com 28% de crescimento.
A indústria da Construção Civil foi uma das áreas que mais cresceu nos últimos anos. Os programas voltados especificamente para a habitação e a realização de grandes obras em prol do desenvolvimento do país aqueceram o mercado, gerando vagas de empregos em diversas áreas como produção, vendas e comércio de materiais. Desde 2009, o setor tem experimentado um forte avanço. “2012 foi um ano de estabilidade e de adequação do mercado. A continuidade de Programas como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) o ‘Minha Casa, Minha Vida’, e a oferta de crédito mais barato são os pilares que garantem o desenvolvimento econômico”, afirma Murilo Celso Pinheiro, presidente da Federação Nacional dos Engenheiros.
Ainda segundo o presidente da Federação, a previsão é de que o crescimento do setor no Brasil deve manter em 2013 o mesmo ritmo registrado no ano passado e crescer 4%. “Como o governo sinaliza que quer manter os grandes investimentos, se espera que o setor se recupere este ano”, aponta.
De acordo com o presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de São Paulo (CREA- SP), o engenheiro civil Francisco Kurimori, o Brasil está em processo de crescimento, e para que haja o desenvolvimento tem que haver a participação dos profissionais da área tecnológica. “Por isso, nós podemos dizer que o país se transformou em um sinônimo de futuro promissor para os engenheiros. Segundo a Unesco, o Brasil tem seis engenheiros para cada mil habitantes”, enfatiza Kurimori.

Mão de obra especializada
Existe uma demanda positiva de engenheiros civis, mas é preciso investir em qualificação e atualização profissional, além de oferecer boas condições de trabalho e remuneração adequada. “O risco de falta de mão de obra qualificada, em especial na área da engenharia, deve ser enfrentado pelo País e envolver governo, iniciativa privada e entidades de classe. O Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo (SEESP), com apoio da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE), decidiu dar a sua contribuição nesse sentido e criou o Isitec – Instituto Superior de Inovação e Tecnologia -, que atualmente passa por processo de credenciamento junto ao Ministério da Educação, e deve abrir a primeira turma do curso de Engenharia de Inovação no segundo semestre deste ano” explica Murilo.
O Brasil não deve competência a outros países, tanto que muitos engenheiros civis estão no exterior, e essa é uma oportunidade de trazê-los de volta. “Temos excelentes escolas e profissionais. Dizem que poderemos ter um apagão de mão de obra e que por isso temos que aceitar os profissionais estrangeiros que estão invadindo o Brasil, com isso, estamos buscando com outras entidades de classe e com o governo a mudança deste fluxo de engenheiros estrangeiros”, ressalta Francisco Kurimori.

Perfil do Engenheiro Civil
O Engenheiro Civil precisa sempre estar atento aos reflexos sociais e ambientais dos seus atos e deve encontrar soluções que sejam adequadas e plenamente alinhadas do ponto de vista político, econômico, social e ecológico. Além de atuar no projeto e construção de novas obras, o engenheiro civil também atua ampliando e modernizando estruturas já existentes. “O profissional exerce um papel fundamental para que os principais recursos da natureza sejam transformados, adaptados e aplicados para o uso ou conveniência do homem”, explica Murilo.
Segundo Kurimori, os engenheiros não são obviamente os únicos profissionais necessários para as atividades de inovação e, quanto mais a relação ciência-indústria avança, diversos outros perfis são requeridos para dar sustentação ao desenvolvimento tecnológico.
Um profissional da engenharia civil pode atuar em diversas áreas como, por exemplo, hidráulica, logística, civil e elétrica. “A carreira está cada dia mais em ascensão e oferece várias oportunidades”, enfatiza Murilo.
“O salário do engenheiro é diferenciado, mas, o que vejo como algo importante a ser considerado é que o Engenheiro Civil, como os outros engenheiros, contam sempre com o reconhecimento da sociedade. Somos profissionais que trabalham pelo bem estar e pela segurança da sociedade. Isso dá, ao engenheiro, um tratamento especial”, finaliza Francisco Kurimori.