domingo, 19 de maio de 2013

Dia do Assistente Social

Dia 15 de maio foi o dia do Assistente Social e mais uma vez posto depoimento de uma apaixonada pela profissão, apesar de todas as dificuldades. Acho interessante em sua colocação que com o tempo aprendeu a gostar e a entender aquilo que faz. Como também esclarece o papel do assistente que está sempre sujeito a interpretações enganosas e muitas vezes preconceituosas sobre suas atividades. 
Acredito que na maioria dos casos esse estado idílico surge de forma gradativa, mas algumas pessoas criam uma expectativa de se apaixonar a primeira vista e desistem acreditando que fizeram a opção errada. Nesse momento é preciso cautela e em alguns casos buscar ajuda para esclarecer essas questões.
A partir desse mês estarei publicando no dia do aniversário de cada profissão, depoimento de pessoas falando sobre sua relação com sua carreira.


"E hoje é o meu dia! Dia do Assistente Social! Porque é a comemoração da profissão que eu escolhi pra minha vida! Não foi aquela escolha que fazemos quando criança (até porque acho que nenhuma criança responderia isso para aquela velha pergunta: "O que você quer ser quando crescer?!"), claro que não. Mas foi a profissão que eu aprendi a escolher pra mim.
No começo da faculdade eu me pegava perguntado "que diabos eu estou fazendo aqui?!” e “me sentia muito perdida quando me perguntavam: “o que faz uma Assistente Social?!”... mas o tempo foi passando, e eu comecei a ver que tudo aquilo fazia sentido. Mais que isso, tudo aquilo ali era o sentido do qual as pessoas não conheciam, principalmente aquelas que mais necessitam de seus direitos garantidos...
E a cada situação vivenciada, a cada barreira derrubada ia crescendo um orgulho maior de dizer, sim eu sou Assistente Social!
E começaram a vir às respostas: "Não eu não entrego apenas cesta básica" "não, eu não informo óbito" "não, eu não dou Bolsa Família" "E NÃO, eu não roubo criancinhas na maternidade" (entendeu Glória Perez?!)...
Ah, mas como seria fácil se nossos problemas fossem apenas "a visão errada do que é a profissão". Vai muito além disso. Passa pelas condições de trabalho, pela realidade vivenciada, pela desvalorização salarial, pelo desgaste físico, psicológico e emocional... vemos cara a cara muito além do que o Jornal Nacional e o Fantástico mostram como matérias chocantes! E como é difícil separar o profissional do pessoal... coloco minha mão no fogo como pelo menos uma vez, todas as Assistentes Sociais que conheço já voltaram pra casa pensando em alguma família que foi atendida naquele dia...
Mas não pense você que é só tristeza, acredito que o "sofrimento" é proporcional a gratificação! Como é bom ver as mudanças possíveis em famílias apenas com a garantia de seus direitos básicos, ver que através do seu trabalho a realidade está mudando, e que você fez e faz a diferença onde você está!
E a luta?! Continua dia-a-dia!" 

Bruna Gomes Chung Nin – Assistente Social - Formada pela Universidade Federal Fluminense e trabalha na Prefeitura de Nova Iguaçu


4 comentários:

  1. Esse seu blog é uma ótima ferramenta para aqueles que estão a procura de respostas profissionais.
    Parabéns e obrigada mais uma vez por poder participar disso.
    Beijões.

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  2. Eu que agradeço a sua atenção!
    Abraço

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  3. Ana PARABÉNS, adorei a entrevista! Um abraço enorme.

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